sexta-feira, agosto 31, 2012

Video | Blackmore's Night toca Smoke on the Water

No show de Berlin dia 3.Ago, o Blackmore's Night tocou uma fantastica versão de Smoke on the Water, prestando uma homenagem ao Jon Lord, uma Intro suave e o maravilhoso rock/medieval tomando o publico depois! Confira:


Fonte: Silber7 on Youtube

sábado, agosto 11, 2012

Carta de Fã | Roberto Fiori

É sempre muito legal receber essas cartas de fãs do Ritchie Blackmore e ver que somos todos conectados e que percebemos a arte musical de nosso Mestre com o mesmo sentimento 'desenhado' por meio de palavras que este fã nos escreveu. Segue a carta de Roberto Fiori ao nosso Fã Clube =)


"Prezada sra. Elen Perez:

Ritchie Blackmore é o menestrel-mestre do século XXI, pois conciliou uma técnica extremamente apurada com a cultura renascentista e medieval dos músicos de outrora.

Estudo guitarra elétrica e possuo  tablaturas de algumas composições de blues e rock. Como é possível que em uma única música, como “Smoke on the Water”, ele se utiliza da grande maioria dos efeitos de guitarra, como bend-up, slide, palm-mutting, vibrato e inclusive sucessões entre vários desses recursos, uns em seguida dos outros? Smoke on the Water é uma música antiga, dos tempos em que ele era guitarrista do Deep Purple, ainda antes do incrível Rainbow. Já naquela época do Purple, Blackmore era muito talentoso, mas depois de criar músicas como a melodiosa e rápida “Wasted Sunsets”, e a sua complexa obra-prima “Anybody There”, dos áureos tempos do Rainbow, ele se tornou realmente grande.

Muitos o colocam abaixo de guitarristas do calibre de Jimmy Hendrix e Jeff Beck. Ou mesmo de Eric Clapton. Mas outros já criticaram Hendrix, por ele utilizar de distorção em demasia. Chamam Jeff Beck de “lenda viva da guitarra”, mas ele não possui estudo de música clássica, pelo que eu sei, o que penso que é uma grave deficiência. Meu antigo professor de guitarra me dizia que Eric Clapton foi auto-didata, que se fez por si mesmo. Eu já ouvi muita coisa sobre super-guitarristas: Steve Vai tomava café-da-manhã, almoçava e jantava debruçado sobre sua guitarra e Yingwie J. Malmsteen seria hoje o mais rápido guitarrista do mundo. Malmsteen alia técnicas de heavy metal com música clássica, mas Blackmore possui, além de uma sólida e virtuosa formação em música clássica, uma técnica nunca alcançada por guitarrista algum, em qualquer época.

Falo com certa propriedade. Comecei a tocar riffs de blues, músicas como “The Loner” e “Nothing’s the Same”, de Gary Moore. Aprendi a tocar músicas do nível de “The Loner”, que não exigem muito do músico, em termos de acordes. Só há um longo solo, um sonho musical do começo ao fim, lento no início e rápido no fim. Com treino e paciência, qualquer um pode tirar essas músicas, basta ter a tablatura, os acordes e acompanhar a música em um aparelho de som. É simples.

Mas tentar tocar “Anybody There” ou “Wasted Sunsets”, ou qualquer música de Ritchie Blackmore do jeito que ele toca, do modo como ele faz para abafar as cordas... é algo que não se consegue senão em pelo menos treze anos. Eu estudei pouco, apenas dois anos, mas sei a diferença entre um Gary Moore e o Blackmore. Não é adulação, um puxa-saquismo, mas o cara é único. E vi na Internet que ele tem 67 anos, se não me engano. Ou seja, se ele era bom, agora atingiu uma perfeição conseguida com experiência e muito treino, depois de mais de quarenta anos de estrada.

Parabéns pelo fan-clube e estou contente de saber que Blackmore faz cada vez mais músicas de tão alta qualidade. O CD “Under a Violet Moon” é excepcional. Músicas como a viagem de “Weiss Heim”, as hipnóticas “Still Remember” e “Mond Tanz” ou ainda músicas como “Secret Voyage – Far Far Away”, que contam uma história mágica, que nos levam aos reinos da fantasia e do sonho. Por que, pergunto a mim mesmo – e espero que vocês do fan-clube “Blackmore’s Night Fan Club and Street Team” me respondam – como alguém consegue arranjar, compor e executar canções em tamanho número e variedade, com tanta versatilidade e habilidade?

Sim, pois vocês devem ter percebido que Blackmore pode fazer soar uma nota com uma clareza e nitidez impressionantes, com o som “arredendado” – sem que haja ruídos que se tira ao raspar a palheta de modo desagradável. Eu consigo fazer esse som de vez em quando e só após duas horas seguidas de treino. Ritchie Blackmore faz isso sempre que quer, durante minutos a fio, em que a melodia é sempre complicada, sempre com grande influência do clássico.

Eu gostaria que Blackmore fizesse sempre mais e mais canções como as que compõe no Blackmore’s Night, ao lado de Candice Night que, além de muito bela, possui uma voz diferenciada e doce, versátil o suficiente para cantar “Wish You Were Here” e “Self Portrait”, músicas tão diferentes e impressionantes, pois a primeira revela uma beleza de voz inigualável e a segunda é até agressiva, sua letra e melodia poderosas.

E que o fan-clube de Blackmore’s Night continue revelando sempre novidades sobre este que é o maior gênio da música de rock e da Renascença, ao lado de Candice Night e seu grupo de músicas belíssimas, Blackmore’s Night.

Longa Vida a Ritchie Blackmore!

Roberto Fiori."